Vitrine Mariana Piacenza
Assim que recebi o convite para fazer a vitrine da Botteh já comecei a pensar nos diversos usos que podemos dar aos tapetes e quão importantes eles são pra arrematar nossos projetos de decoração. Uma casa sem tapete é uma casa que não foi finalizada, que precisa ser “vestida”
Antigamente os tapetes eram usados como mantas ou para cobrir o chão de terra batida. No oriente os tapetes serviam para as pessoas não sujarem o pé ou a roupa e não respirarem muita poeira. Até meados do século 17, os tapetes asiáticos eram considerados muito preciosos. Alguns, inclusive, sendo usados como moeda de troca e herança, mas com o passar do tempo isso foi mudando e eles se tornaram decorativos.
Quando comecei a criar o conceito da vitrine, queria não só trazer um pouco da história dos tapetes, mas que eles fossem os protagonistas do projeto e ressignificar seu uso atualmente.
Para isso, coloquei na parede um patchwork de fragmentos de tapetes persas usado como uma obra de arte, na peseira da cama um khorjin sumak antigo do Irã como manta e no chão o anisah maka, tapete paquistanês, desenho único 100% feito a mão bem confortável pra andar descalça.
A ideia é que o quarto seja um lugar de refúgio, meditação e descanso.
Os móveis que foram garimpados na Casa Téo fazem contraponto com a cama super atemporal da Casa Pronta quartos.
Objetos trazidos de viagens, muitos livros, velas e obras de arte da Galeria Eduardo Fernandes arrematam o espaço.
A base do projeto foi idealizada neutra, e o mix and match se deu aos diferentes tipos, cores, estampas e texturas dos tapetes, o que trouxe muita personalidade e aconchego ao ambiente.
Mariana Piacenza